terça-feira, 3 de novembro de 2009

saudades

Tenho saudades das longas conversas de chat que já tivemos. Das conversas que depois levaram à possibilidade de nos conhecermos.

Tenho saudades de algumas palavras, dos abraços virtuais. Até dos puxões de orelhas. Disto e daquilo. Da naturalidade do desenrolar dos acontecimentos.
Tenho saudades das alturas em que falava livremente, inocentemente, e dizia as minhas parvoíces. Quando podia falar à vontade, sem sentir que o que dissesse fosse medido.

Tenho saudades. Sim. Tenho saudades do que foi bom. Não gosto tanto de me lembrar do que foi menos bom, mas aceito e agradeço o que doeu e que, acredito, me fez crescer.

Sinto saudades da tua atenção. Sim. É verdade. E isso não me faz sentir pior nem inferior por o admitir, porque simplesmente é verdade.

Mas a vida segue e sei que não vou voltar atrás. Sinto-me mais livre assim.
As expectativas que não queria criar, mas que acabaram por surgir inadvertidamente, dissiparam-se. E os nossos caminhos cruzaram-se, se calhar, apenas no momento em que foi necessário, para crescermos um com o outro.

Mas acredita, era uma coisa tão simples. Era apenas ser especial.

Hoje não sabia do que escrever e acabei por escrever para ti.

Foste muito importante e especial para mim.

4 comentários:

Kat disse...

É incrivel como poderia ter sido eu a escrever isto.. tal e qual..e ainda doi :(

fd disse...

Consegues olhar para o passado de cabeça erguida e utilizar palavras como aprender e crescer, mesmo misturadas com as saudades.
Fizeste uma dedicatória mas também uma afirmação da tua vontade.
Segues em frente.

mimanora disse...

É bom conseguir perceber o que tu percebeste e conseguir descrever com tanta calma, clareza e carinho como sinto que escreveste.

Beijinho

Demóstenes disse...

Há que seguir em frente. De cabeça erguida sempre.