segunda-feira, 15 de setembro de 2008

uma questão de (in)definições

De vez em quando penso num assunto que me dá que pensar, porque me deixa KO... Uma dúvida daquelas difíceis... E deixa-me cada vez mais com a sensação que sou, simplesmente, mais complicada do que gostaria... Seja lá o que isto quererá dizer...
E ao dar uma vista de olhos pelos blogues, lá encontro algo que vai de encontro ao que estava a pensar...precisamente hoje:

"Ele confessava o quanto gostava dela e ela respondia que não era verdade, ele gostava era da ideia de gostar dela. Explicou que a maior parte das pessoas, num mundo que anda a mil, num mundo em que estamos com toda a gente e no fim de contas não estamos com ninguém, as pessoas estão tão desesperadas por sentir qualquer coisa que acabam por se agarrar a algo que na verdade não sentem."

Ora bem... a minha dúvida prende-se precisamente com isso.

(E vou falar no campo das hipóteses...)

Como saber ao que corresponde aquilo que se está a sentir... É atracção? Paixão? Amor? Ou não é nada disso?... É simplesmente o que gostariamos que fosse?... É simplesmente o que achamos que nos faz falta?

São difíceis de definir estas fronteiras sentimentais... Especialmente quando se tem consciência dos possíveis motivos... E então vem a razão dizer-nos que estes sentimentos são efeitos secundários do nosso estado de carência.

Poderemos pensar que é mesmo verdade o que estamos a sentir e que coisas boas poderão vir... Mas será? E agora faço a pergunta ao contrário: e porque raio não poderá ser verdade?

E, na ânsia de sentir alguma coisa... em vez de correr atrás do motivo, como acontece com muitas pessoas, o que acaba por acontecer com outras é "erguer barreiras à volta", e voltar para o cantinho... de onde nunca se deveria ter saído... porque não... não é nada disso... alguma vez isso poderia acontecer? Seria bom demais...
E nada se faz, porque forças invisíveis nos prendem e puxam... Medos. Medo de ter momentos felizes, medo de perder o que não se tem, medo de viver...

E olha-se à volta, e a vida continua... e nós, continuamos vivos... mas não passará disso...

E ver as coisas de fora é tão mais simples...

É estranho, quando tudo se inverte e o medo de viver é bem maior que o de morrer...

4 comentários:

S. C. R. disse...

Completamente minha Cara Eva.
Construir muros enormes em nossa volta é tão mais fácil, dos que derrubá-los e deixar alguém entrar...
Eu sei, eu sei...
Mas vou tentar que não seja tarde de mais para mim.
Para ti, não o será certamente.
Muito obrigada!

Ti disse...

Ai nao me baralhes!!! :(

nando disse...

...isto vai parecer piada mas não é.
Li este texto e lembrei-me de uma canção da Rua Sésamo. «Como é que eu sei que tenho fome?» «Só tu podes saber.». Não era nada disto (a minha memória não é assim tão boa), mas a ideia era esta (at least, I like to remember it like that). ;-)
Sim, eu sei que não resolvi nada...
:-) (smile de... "às vezes também procuro explicações que não encontro...")

eva disse...

Um beijinho para todos.
Desculpem se vos baralhei. Eu prefiro estar na brincadeira e não levar as coisas muito a sério. Mas há coisas que têm de sair... esta foi uma delas. E este acaba por ser o melhor local para o fazer...